Um leve sopro me faz flutuar
No cheiro ácido do limão
Terra batida no canto do pássaro
Que depois da chuva, estufa de alegria
Junto do tronco rosado do ipê
O vento leva folhas salpicantes
contato que traz desassossego
Me pareço, tem vêzes, como uma avenca
Frágil, indócil, no meio do campo em desalinho
Ou então, tal como filhote indefeso
a esperar ansioso comida no ninho.
Um comentário:
Adoro suas poesias. Elas estão mais lindas a cada dia, mostrando uma mulher que tem encontrado nas palavras a sua alma.
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