Varais de Lembranças



Pendurei minhas lembranças no varal
Resolvi que delas nada mais posso tirar
Delas ninguém, sequer, saberá
Se as retiro, sem querer, ainda úmidas
Em nenhum armário posso guardar

Por isto, deixo-as ao sol encandecente
Adormecidas em seus longos braços
Secando todas as mágoas e mazelas
Como folhas secas, e em estilhaços

Frescas e muito mais leves
Se tornam as lembranças
Que ao sol, adormecidas, secaram
Aonde os ventos se debruçaram
Perfumando sua pele há muito enrugada

Seu destino, então, já previsto
Se põe em passos largos
Ir de encontro, procurando um lugar
Onde possam, enfim, descansar
Junto a outros sentimentos guardados.

Tesouros



" Os Verdadeiros tesouros
não são achados,
mas sim, conquistados"
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