Nas Asas do Tempo




As asas do tempo
Às vezes, atrapalham
O meu próprio vôo...

O Amor somado ao tempo
Às vezes adoece,
E morre multiplicado.

O amor somado à distância;
Cristaliza-se em gotas de lembranças
Eternizadas nos poros da pele.

E da união do amor com o tempo
Nos dias tranquilos
Em dores de parto,
Nasce o filho chamado
Saber.

Feminina



Pela manhã

Desfaço as tranças do cabelo
Que os sonhos da noite teceram

De cara lavada,
Desperta de qualquer ilusão,
Percorro as ruas sinuosas do meu desejo
Seja lá, onde elas já percorreram,
E onde me conduzirão...
Trazendo a realidade da vida para junto de mim.

De pés descalços
Sinto a terra ainda úmida
Que me arranca os ares de menina
Solto das mãos, então, as esperanças cegas do ontem,
Para viver, enfim,
Dentro de cada poro da pele,
Um tempo redescoberto.
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