Feliz Tempo Novo




Observo, encostada na soleira da porta
Toda a vida apressada passar
Lá vejo pessoas, ouço vozes
Amigos, amores, lembranças
Todos passam e vão-se embora
É necessário ir!
O que se há de fazer?

Junto deles passam os anos
Inquietudes de adolescente
Dúvidas da juventude
Algodão doce, irresponsabilidade
Passam apressados sem saber

A sabedoria está em aceitar o fim
Talvez esta seja a mais árdua e pesada...
Mas depois do fim
Um novo começo, sempre!

Lá vem a brisa de um novo tempo
Despontando no horizonte
Já posso sentir seu frescor
Tocando meus cabelos

Junto a mim somente o AGORA
Abro os braços e deixo escapar
Livre como um pássaro, todo o passado, outrora

Vão-se sonhos abandonados,
Objetos quebrados, papéis rasgados
Nada mais é preciso ficar
Tudo passa e vai embora
O que se há de fazer?

Assisto a tudo e posso crer
O Tempo sabe muito mais do que todos nós
Para que desobedecer?
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