De olhos Fechados


Sou muito mais do que o antes e o depois
Perto estou, quando ao longe me encontro
Aborreço e esqueço
Nos intervalos do meu ser


Não desespero; espero
Nos compassos da razão
Repito, erro e crio
Nas cirandas do meu coração


Procuro, quando já encontrei
Sinto e desminto
Mentiras verdadeiras


Sou inteira
Porque me deixo dividir
Amanheço
Pois que me permito anoitecer
Vejo melhor
Quando meus olhos,
Amanhecidos de encantos
Se fecham.

2 comentários:

Feänor disse...

Olá, minha cara

Depois de meu hiato na blogosfera, retornei para revê-la. E fico feliz em ver que continua adoçando o frio cyberespaço com o mel de tuas palavras.

Teus poemas continuam uma fina iguaria para ser degustada de forma lenta, mas certa.

É engraçado... Justamente por conta de certos fatos da minha vida dos últimos meses eu evitei visitar blogs porque mensagens positivas não me fariam bem naquele momento.

Mas vindo aqui, eu começo a ter dúvidas se eu estava certo...

Teu poema me lembrou da água, adaptável a qualquer situação mas nem por isso controlável por nós.

És como a água, minha cara? Combina com tua personalidade serena, mas decidida - ou ao menos é como imagino que sejas.

Um grande beijo! Não pare de escrever!

Especialmente Gaspas disse...

Lindo poema :))

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