Medieval



Em pálidos momentos
Correm como antes
Os tempos vindouros
Castanhos e tristonhos
Nas tardes afins.

Sem lampejo,
Sem audácia,
Correm entre o fogo
Das chamas de um breve beijo
Nas lembranças de mim.

E o cálice embriagado espreita,
repousa a turva bebida
que ontem cansada abandonei.

Uma brisa na clara cortina
Esvoaça a densa neblina
De um dia sem fim.

3 comentários:

Feänor disse...

Muito bom... um poema de forte carga emotiva.

Mas tire uma pequena dúvida deste bárbaro inculto: porque escolheste este título?

Tenho uma vaga idéia, mas gostaria de ouvir de você o motivo.

Parabéns mais uma vez!

Ah, e Feliz Ano Novo! Que a felicidade lhe abunde e a inspiração não lhe falte!

Feänor disse...

Entendo...

Bem, você não é a única. Me sinto completamente anacrônico no mundo de hoje: Se por um lado tenho 23 anos, por outro, minha alma tem uns 50 no mínimo.

Mas nunca se esqueça que "antigo" não é um adjetivo ruim... Muitas das grandes obras da humanidade são antigas. Além disso, ela sempre foi associada à sabedoria.

Talvez você seja apenas "clássica", e não antiga... - e creio que não há nada de errado com isso. Muito pelo contrário.

Daniel Scardua disse...

oiiiiiiii....
eu sei q ando meio sumido, mas não esqueço dos amigos naum, viu?
como sempre um mooooooooooonte de coisa escrita por vc!!!!
Espero q o Natal tenha sido otimo, como o meu fio!
Feliz Ano Novo!!!!
bj
Daniel Scardua

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