Recolho, às vezes, minhas cores
Deixando o sóbrio branco reinar
No contar dos dias
Ainda que exista o improvável
Por entre as horas
De quem já se cansou de esperar
Na sombra misteriosa dos dias
A primavera com seu feitiço prima
Solto um grito entalado na garganta
Ao ver que ainda existem
Pássaros absurdamente livres
Colho, então, minhas tempestades
Para que delas eu possa um dia fazer
Revelando meus segredos a alguém
Um caminho rendado de flores
Onde possa chegar além
3 comentários:
Adoro doce! rs
Bom conhecer seu blog.
abraço.
"Ainda que exista o improvável
Por entre as horas"
o tempo nao passa somos nós que passamos por ele. o tempo "é". Singularidade, mistério,probabilidade
e entre os intervalos do tempo, há sempre um momento de bela poesia.
pbrigado por partilhar
Linda poesia!
O tempo mostra-nos tudo que já viu e reviu. Ele sempre viu tudo. A nós resta-nos vivê-lo na sua passagem por nós. Ou melhor; quando passamos por ele.
Parabéns.
Postar um comentário