A Menina e o Tempo


Lá aonde se espera a vida
De onde as feridas são indolores
A menina aprisionada no tempo
Faz soprar, nos céus, os ventos da mudança

Enquanto as árvores não crescem
E ainda pulsa a cor da esperança
Tenha, ao toque das mãos, ainda
A maciez dos dias amanhecidos

Quando as crianças choram
Alguém as olha por detrás das nuvens
Protegendo-as das lágrimas que deixam marcas
Que são logo transformadas em chuva

E que de chuva encharca
A terra que ainda não foi plantada
Brotam, mesmo que silentes,
Nos olhos de quem ainda não cresceu
Ao viver, se desejando ou sentindo
O sol que ainda vai nascer

8 comentários:

celeal disse...

Maria Regina,
O tempo da menina será sempre de um "sol que ainda vai nascer" esperando por sua primavera. Linda poesia!
Abraços e obrigado pela sua visita lá nas minhas "veredas"
Carlos Eduardo

Ruby Fernandes disse...

Oie! Vim agradecer sua visita, adorei, volte sempre tá?
Bjo bjo :)

Anônimo disse...

Regina,
Suas poesias são momentos muitos especiais que alimentam a alma daqueles que tem o privilégio de ler.
Parabéns pelos lindos momentos.
Beijos
Flávio

Anônimo disse...

Achei belo suas palavras em "A menina e o tempo". Falar da terra é escrever sobre nossa origem e nosso destino.
Bjs
Flávio

Anônimo disse...

Para você, faço uma "Serenata" da maravilhosa Cecília Meireles.

Serenata

"Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permita que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,e a dor é de origem divina.
Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo"

Cecília Meireles

Cris Ventura disse...

Que lindo seu blog e suas palavras me encantaram ;-)
Beijos!

Anônimo disse...

Adoro ler suas poesias. Elas são lindas...
Bjs
Flávio

Zélia disse...

Que bonito!!! Lágrimas de crianças que viram chuva...

Feliz Pascoa!

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