Fugitivos




Seus contornos me rodeiam

Num espécie de raro torpor

Jorram palavras não ditas

Desejando a frase maldita


Em ti, com tonturas, encontro

Algo similar que temia perder

Te encontro, sem nitidez, antes da minha partida

Sem perceber...


E agora, o que fazer?

Se antes do claro amanhecer

Um amor, bêbado, nos flagrou?

Lá fora, a vida aflita devora


Cada pedaço perdido do desvario

Ofegante respiração entrecortada...

Lembranças bruscas, fragmentadas...


Uma mera coincidência de amar

No espaço, no tempo, no instante de olhar

Juntos, medo de perder

Separados, medo de encontrar...

3 comentários:

Jaque*Sampaio disse...

"Uma mera coinciência de amar
No espaço, no tempo, no instante de olhar
Juntos, medo de perder
Separados, medo de encontrar..."
amei :)

O Profeta disse...

Fiz magia com todas as cores que tinha
Fiz aparecer na tela um tocador
Pintei-lhe um violoncelo a preceito
Mas ele não sabia tocar uma música de amor…

O amor nunca acontece sem amor
Esta coisa do amor será fantasia?
Será uma noite vestida de nostalgia?
Será planta envergonhada que floresce ao fim do dia?

Seja o que for, tem o nome de amor
Acho bem que seja assim
Há quem diga que se enraíza para sempre
E floresce como planta de alecrim

Doce beijo

A.S. disse...

Maria Regina,

Um amor fugitivo é sempre excitante!...

É uma delicia ler-te...

Beijos!
AL

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