Fugaz


A vida se faz de passagens
Sendo ela mesma curta e passageira,
momento fulgáz e sensível
Compacta emoção derradeira


O vento trouxe poeira para os meus olhos
Não me deixando ver
que sensações delinquentes
não deixariam marcas...


Como desenhos de círculos na água
permanecem enquanto durar o desejo
Paredes pintadas de cores comedidas
Desbotam, enfraquecem no tórrido ensejo


E nas cinzas vejo brotar o fogo
Queimando feito paixão a primeira mordida
Olhar, boca, suor e pele
E tudo se perderá, novamente, na exata medida...

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei seu espaço.

beijo

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