Doce


Ao meu filho Davi



A doce música vinda do seu quarto
Transporta-me para um tempo em que sonhei
Via nas nuvens tatuado
Um rosto como o seu, a me olhar


O suave perfume que vem do seu quarto
Toca profundamente em meus anseios
Movimento lento, silente
Intacto e emoldurado
Do eterno instante em que te vi


Amor e sonhos convergidos
Impasse que o destino leu
No calor que sempre emana
Do ventre que te protegeu.


Nas paredes brancas
Sou a protagonista
Do sonho que ontem ousei ter
Passado e presente transpassados
De mãos dadas, vida a fora
Escritos num filho que me faz crescer.

Um comentário:

Feänor disse...

Que lindo! Muito bom mesmo... Bem profundo e tocante.

Imagino que deva ser a melhor coisa do mundo ser mãe ou pai...

Embora eu seja suspeito para falar: não terei filhos, a não ser que o destino de alguma forma me pregue uma peça - e ele, como sabemos, adora uma ironia...

Ah, agora quer me explicou de onde vem a inspiração pros teus poemas, estou curioso... No seu perfil, consta que és psicóloga. Pois bem... Fiquei imaginando: depois de uma consulta, será que você senta e escreve um poema que reflete a carga emocional que lhe foi passada durante a sessão?

Seria interessante tal abordagem...

Bjs! Continue escrevendo seus maravilhosos poemas, que eu, como seu fã, continuarei lendo com muito gosto...

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