Despedida



Jamais em suas terras entrei
Sem que antes me desses permissão
Bebendo da mesma bebida
Tontos, juntos, ficamos
Como despedir-me
Sem nada de ti levar?

Podes até me devolver os presentes que te dei...
Mas como abandonar o sonho que nos guiou?
Se nos vejo juntos movendo os dedos para alcançar o sol;
Dançando enlouquecidos para alcançar o céu...

Depois de um ontem entorpecido
Levanto só para um novo dia
Com sua companhia etérea
Presente em meu campo de violetas

Choro sua partida, porém,
Como despedir-me ?
Se nada de ti, em mim, foi embora?

Um comentário:

Feänor disse...

Melancólico seu poema... Espero que não reflita alguma despedida forçada em sua vida...

Despedidas são tristes. Nunca me despeço das pessoas por isso... Ainda que seja mentira, prefiro um simples "até logo".

Mas também sei que, em certas situações, não podemos evitá-las...

Espero que esteja tudo bem contigo... E se não estiver, lembre-se de que a vida é feita de altos e baixos, e que o "viver" compreende não apenas o gozo dos bons momentos, mas a superação dos ruins...

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