Ausência


Num cálido poema
Junto às paredes desenhadas
Vejo um jardim à espera de flores.

Embalando a eterna infância
Ouve-se singelas cantigas
Derradeiros sonhos

Escapados entre os dedos.
Sons de um vazio
que se deixam ensurdecer...

No espelho exilado
a imagem de uma porta aberta para a ilusão
Reflete saudoso o estranho vulto
de um doce alguém que já se foi.

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