Primavera



É chegada a hora
Onde a poda se faz necessária
De galhos que ontem floresceram
E Hoje, maduros, se deixarem morrer...

É chegado o tempo
Da pequenina semente germinada
Em épocas passadas, solta e abandonada
Romper a terra, aflita, em busca do sol...

De mãos, outrora, contidas e atadas
Em busca de saciar a fome
Prepararem, seguras, a próxima refeição...

Pois que, a primavera já nos surpreende
Com um corte súbito e profundo
Em cada destemido e esperançoso coração.

À procura de novos sonhos,
Aproxima-se a furiosa correnteza
Que lava todas as angústias enternecidas
E faz nascer uma flor em cada dedo da mão.

Um comentário:

Fernanda Passos disse...

Amo a analogia com a água. Ela tem realmente a capacidade lavar nossas angústias e germinar novos anseios.
Lindo.
Bj.
Olha vc tá linkada lá.
;)

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